sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Peças Marcantes

Em ambientações descontraídas, escolha algo para ser o hit do espaço. Por exemplo, uma mesa de ferro com pátina dourada dos anos 1940 para fazer as vezes de bar na sala, contrastando com o resto da decoração.



Já num living contemporâneo e minimalista ter uma peça africana pode ser uma boa pedida.

O principal é criar um certo choque. Se a mistura de estilos não agradar, tente impactar por meio da cor.
Aquela mesma mesa usada como bar pode ser laqueada num tom forte, como grafite ou berinjela, numa sala toda branca, e o resultado será muito especial. Importante não esquecer, que peças marcantes devem ser usadas com parcimônia.

Móveis e peças de diferentes épocas e estilos convivem em harmonia nesta sala. Você também pode reproduzir esse clima usando cores neutras como base para a arquitetura


Mesmo em pequenas doses elas conseguem impor um ritmo diferente ao ambiente, aquecendo visualmente a frieza características das áreas por demais despojadas.


Peças étnicas vêm em pitadas na decoração contemporânea. Neste quarto, para fazer as vezes de mesa lateral foi usado um baú da Indonésia. A peça mescla lona pintada e couro.

Como Acertar na Mistura

Quando se opta pela mescla de estilos, o ideal é ter uma base neutra, com linhas retas e disposição simétrica. A partir daí, escolha apenas alguns itens para mesclar com a decoração, que deve ter o predomínio de móveis contemporâneos. Pode ser uma mesa de centro ou duas poltronas. Para diminuir a chance de erro, num espaço contemporâneo, o ideal é inserir de 10 a 20% de peças clássicas, étnicas ou retrô.


A proposta clássica deste ambiente reflete o estilo dos anos 1940. Apesar de contemporâneas, as peças são fieis ao design discreto que tanto caracteriza a década da elegância.

Um exemplo: dois sofás idênticos de desenho neutro compõem um conjunto interessante com um par de poltronas francesas douradas ou com poltronas de pés palito, típicas dos anos 1960. Lembre-se de que essas peças de época passarão a ser o ponto focal do ambiente, por isso merecem tratamento diferenciado, como um tecido mais sofisticado. Por sinal, nada impede de se ter uma certa ousadia aos revestir os estofados.

Que tal vestir os sofás modernos com um tecido rústico e as poltronas antigas, com seda adamascada? O contrário também gera um contraste bonito.


Já em relação aos objetos de estilos diferentes, a mistura pode ser bem maior, pois são itens fáceis de mudar de lugar e criar novas composições. E, se o visual cansar, é só guardá-los por um tempo no armário. Contar com esse mix na decoração traz flexibilidade ao projeto, algo muito apreciado nos dias de hoje.



Influência do Design Atual:

Referências do passado preenchem cada vez mais o imaginário dos designers da atualidade.

É fácil perceber nas criações de grandes nomes nacionais e internacionais a inspiração vinda do mobiliário dos anos 1940, 50 e 60, com pitadas, ainda, do estilo clássico. O francês Philippe Starck é um deles, como mostra sua cadeira Louis Ghost, que brinca com os móveis Luís XV. A peça foi feita em plástico colorido nas versões transparente e fosca e até com aplicações de imagens.

Já o inglês Tom Dixon revisitou a bergère do passado vestindo o estofado com moderníssimas estampas psicodélicas. O humor também exerce influência nos novos criadores. Um bom exemplo é a Poltrona Banqueta criada em 2002, em que os brasileiros Fernando e Humberto Campana usaram apenas bichinhos de pelúcia costurados uns aos outros.


Outra vertente do design atual é a inspiração nas formas orgânicas e marinhas. O resultado são peças que lembram conchas, geralmente poltronas confortáveis, muitas vezes feitas como se fossem um monobloco de espuma que abraça o usuário. De traços limpos e sinuosos, são móveis que aliam forma, função, estética, qualidade, praticidade e acessibilidade. Aqui também há um certo resgate do passado, pois esses estofados lembram muito a famosa poltrona do papai, com suas asas e encostos generosos, que protegiam quem nelas sentasse. Tais criações são ainda reflexo do movimento cocooning, um estilo de vida adotado por americanos e europeus no final dos anos 1980 que pregava a volta ao lar.

Como Identificar os Estilos

São muitas as maneiras de decorar.
Pode-se partir de composições fiéis a um único movimento ou misturar vertentes das mais variadas. Alimente o seu bom gosto conhecendo os estilos de decoração.

Estilo é a tradução de um modus-vivendi, ou seja, é o reflexo de como se vive e de como se imprimem os conceitos e os valores estéticos de um povo, família ou indivíduo. Na arquitetura e decoração são muitos os estilos, no entanto é possível selecionar os mais marcantes ao longo da história. São estes que você acompanha a seguir, vale lembrar, porém, que todos eles também se dividem em várias vertentes, gerando uma infinidade de novas leituras.




Clássico - Neste estilo englobamos o francês e o inglês e suas variantes. Caracteriza-se por decorações refinadas, com muito trabalho nos tetos e nas paredes (as famosas boiseries, que se transformaram nos lambris que hoje conhecemos), tapeçarias, lustres de cristal, espelhos, mobiliário entalhado, cores fortes, como dourado, vinho e vermelho e tecidos sofisticados, como seda e veludo. Ele reflete a opulência européia do século 17, com seus castelos e palácios decorados ricamente para sediar grandes festas e banquetes.


Contemporâneo – Este estilo prima pelas linhas retas e formas puras, em ambientes bem definidos, em que a função tem tanto peso quanto a estética. Paletas de cores claras (principalmente o branco) ou escuras compõem espaços e móveis, em que o desenho limpo e detalhes sutis, quase imperceptíveis, trazem sofisticação e sensação de bem-estar. O lema do contemporâneo é a frase cunhada pelo arquiteto alemão Mies Van der Rohe no início do século 20: Menos é mais. Hoje, este é o estilo mais usado no mundo todo, pois acompanha a praticidade da vida moderna. Além disso, ele permite mesclar outros estilos, o que ajuda a disfarçar seu ponto fraco: a pasteurização dos espaços. Isto porque a decoração contemporânea pura torna todas as casas iguais. Já, ao inserir objetos de vertentes diferentes, consegue-se dar personalidade aos ambientes.

Étnico – Aqui podemos incluir decorações em que a temática vêm da cultura e do artesanato de tribos ou povos de diferentes partes do mundo. A vertente africana é a mais forte dos últimos anos. São muito apreciados os seus tecidos de estampas marcantes e de interessante contraste de cores, estátuas e máscaras. O Oriente também exerce fascínio. China e Japão há muito fornecem inspiração para a decoração ocidental, no entanto hoje Bali e Tailândia tornaram-se mais populares entre nós. Um dos motivos foi o boom de exportação brasileiro de móveis e objetos desses dois paises, gerando excelente relação de custo e beneficio. São peças leves, descontraídas, sob medida para ambientes alegres e práticos.

Retrô / Vintage – Decorações assim pedem elementos do passado, principalmente dos anos 1940, 50 e 60. Muito em voga atualmente, caracterizam-se pela composição de móveis e objetos pontuais, de preferência de linhas puras e design assinado. O bacana aqui é integrar esses itens à realidade de hoje, fazendo com que se harmonizem com a parafernália eletrônica moderna e com a multifuncionalidade da casa do século 21. Tudo indica que é uma tendência que chegou para ficar.

Provençal – Este estilo sofisticado, datado do final do século 17, vem do interior da França. Sua base é clássica, inspirada na decoração carregada dos palácios e castelos, porém nesta versão, são as pátinas, a pintura branca e os decapês, imprimindo ar desgastado aos móveis, que aparecem com força total. Tudo aliado aos tecidos claros, em composição com cores pastel, como o verde, o bege, o lilás e o azul. Estampas florais, xadrezes, listrados e o Toile de Jouy, célebre por suas cenas campestres, arrematam o contexto. Optar pelo provençal garante frescor à casa, pois trata-se de uma decoração leve, bucólica e romântica.

Rústico - Madeira bruta e escura, em que veios, ranhuras, nós e rachaduras ficam aparentes, é o material que mais caracteriza o mobiliário deste estilo. Mas aqui também são bem-vindas as composições com fibras naturais, como vime, taboa e bambu. São peças de linhas retas e simples, que integram o homem à natureza. Apesar da rusticidade, estes móveis têm trânsito livre em decorações sofisticadas, proporcionando contrastes elegantes.

Estilos NATURAL E MODERNO;

Fonte:Casa Claudia

Os Estilos Mais Presentes Hoje:

Na decoração atual, chamada de contemporânea, o clássico, o retrô e o vintage são os estilos que mais aparecem. A preferência por esses movimentos do passado tem explicação. É que as linhas retas, as cores claras, a neutralidade de materiais como o aço e o vidro, bem como a disposição simétrica do mobiliário, fortes características do estilo contemporâneo, permitem contrapontos. Nada mais chique do que pincelar aqui e ali, num espaço moderno, móveis herdados ou peças que contam histórias de outras épocas. Isso traz personalidade ao projeto, deixa os espaços mais convidativos e agradáveis para viver no dia-a-dia. O pulo-do-gato aqui é saber garimpar boas peças. Nem tudo das décadas de 1940, 50 e 60 têm valor garantido.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tecnologia x Sustentabilidade

Com um simples toque a sala pode se transformar rapidamente em home theater – as luzes se ajustam na intensidade, os blecautes das janelas se fecham e o espaço ganha ares de cinema. Apesar de se poder contar com kits wireless, que funcionam sem fio, o ideal, e mais barato, é definir a automação durante o projeto de construção. Isto porque intervenções como essas geram mudanças na alvenaria e na elétrica, exigindo uma correta distribuição de carga nos quadros de luz. A automação residencial proporciona economia de tempo e de energia, além de gerar o conforto que toda casa deveria ter. Atualmente, já é possível controlar e monitorar tudo o que se quer: luzes, cortinas, ar condicionado, muros, portões, distribuição de áudio e vídeo, banheiras, piscina e muito mais. Os sistemas digitalizados contribuíram também para garantir a multifuncionalidade dos espaços.

Fonte: Casa Claudia

A iminente preocupação em tornar o planeta mais saudável tem feito crescer o número de projetos que visam a sustentabilidade. Para tanto, mais uma vez é preciso decidir antes de construir. Assim, ao planejar a obra, opte por itens ecologicamente corretos, como energia solar, lareiras a gás natural e madeiras certificadas ou de reaproveitamento. Contar com janelas e vãos que favoreçam a ventilação cruzada viabiliza o conforto térmico até nos dias mais quentes, dispensando o uso do ar-condicionado. Facilite também a reciclagem do lixo, prevendo compartimentos específicos para cada tipo de dejeto.
Fonte: mais aquitetura

Ambientes Integrados e um bom Projeto

Quando a arquitetura e decoração andaram lado-a-lado o tempo todo desde o começo da obra é possível pensar nos detalhes da decoração. Por exemplo, um armário mais elaborado, uma peça que ficará embutida na alvenaria dando um requinte ao projeto, um quadro ou escultura com uma iluminação especial. Pensar com antecedencia nos detalhes como móveis principais e sua localização dando prioridade para eles no espaço também contribui para uma melhor distribuição dos itens que podemos listar como indispensaveis como as tomadas, a altura ideal para peitoris e guarda-corpos, bem como a propria paginação do piso ate detalhes como rebaixamentos de gesso.

Fonte: Casa Claudia

Ambientes abertos e integrados, favorecem a convivência dos moradores.
Sem dúvida, é muito bom integrar os ambientes aproximando assim a família e os amigo, estar na cozinha preparando os pratos do jantar e participar ao mesmo tempo do bate-papo na sala.
Mas nem sempre essa integração é bem vinda a todos pois haverá momentos que a movimentação da cozinha, com seus aromas e barulhos, só irá incomodar quem está no living. O ideal, portanto, é contar com os curingas da decoração como portas de correr, que abrem e fecham conforme a ocasião.
Já para isolar temporariamente um canto de trabalho que pertença ao estar, uma boa solução são os biombos. Outra forte tendência é integrar as áreas externas às internas por meio de panos de vidro fixos e retráteis. O recurso não só melhora a luminosidade dos ambientes fechados, como também traz a natureza para dentro de casa. Para unificar ainda mais o visual, procure ter um único piso em todos os espaços.
Fonte: Casa Claudia